quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Onde comer em Buenos Aires, por Alex Herzog


A capital portenha oferece muito mais do que parrillas e alfajores. Confira as dicas de Alex Herzog, autor do livro Bistrôs Buenos Aires, onde comer bem, bacana e barato

28 de Fevereiro de 2012
Visitar os portenhos e não provar do seu famoso churrasco é algo impensável para os amantes das carnes. Mas a gastronomia em Buenos Aires "é muito mais rica e muito mais diversificada do que somente parrillas", garante Alex Herzog. Ele, que é chef do restaurante In House Café-Bistrô e fotógrafo, é também autor do livro "Bistrôs Buenos Aires, onde comer bem, bacana e barato", com dicas gastronômicas imperdíveis na cidade. Dez delas estão abaixo. 




1 - Brasserie Petanque

"Para almoçar, um bistrô tipicamente francês, no coração de San Telmo: Brasserie Petanque. Aqui, além da decoração e do ambiente, a cozinha também é verdadeiramente francesa. No cardápio sopa de cebolla, ostras frescas, caracoles de la Petanque (escargots), langoustines grillés con Tatin de tomates y aioli, ensalada niçoise, gigot de cordero recheado com tomates secos, endro e ervas frescas, steak tartare avec frites, boeuf bourguignone, moules (mexilhões) et frites, entrecote café de Paris e, de sobremesa, crème brûlée aux pistaches, tarte Tartin, mousse aux trois chocolats, além de uma boa carta de vinhos, e uma copa de kir, cortesia de monsieur Meyer."

Defensa 596, San Telmo, tel. +54 11 4342-7930.

2 - Café des Arts
"O Café des Arts fica dentro do Malba, Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, e é tocado por dois chefs franceses, Jérôme Mathe e seu sócio, Jean Paul Bondoux, o mesmo que comanda o La Bourgogne, situado dentro do Alvear Palace Hotel, na Recoleta. Apesar de não ser extenso, o menu é bastante interessante, com sandwichs du monde, bem incrementados, tartines, saladas, peixes e frutos do mar, além claro de diferentes cortes de carne - combinados com uma guarnição e um molho de sua escolha -, como ojo de bife con salsa de malbec y pimienta verde con papas rústicas al horno. Vale sentar na varanda, debaixo das árvores, e comer uma tarte aux fruits ou uma tarte Tatin tiède et glace vanille, verdadeiras obras de arte. Antes de sair, dê uma passada na Tienda Malba, uma lojinha com muitos artigos de design, livros, CDs e DVDs."

Av. Figueroa Alcorta 3.415, Palermo, tel. +54 11 4808-0754.

3 - Don Carlos
"No Don Carlos, que fica bem em frente ao LaBombonera (o estádio do Boca), não há cardápio. Quem decide o que você vai comer é o dono da casa, Juan Carlos Zinola, o Carlitos. É como a casa funciona, há mais de quarenta anos. Na cozinha ficam sua esposa Marta e sua filha Gaby, encarregadas das massas, dos assados, das saladas e dos pratos feitos no fogão. Carlitos se encarrega do salão e da grelha, de onde saem carnes, peixes, provoletas, chorizos e outras iguarias. E tudo varia a cada dia e a cada instante. Segundo Carlitos, a ideia é receber as pessoas como se estivessem na sua casa, para comer o que a família Zinola estiver preparando. O que quase não varia, são as sobremesas, como o sfogliatella a la napolitana (folhado recheado com ricota, açúcar e ovos); tiramisù; choco torta; e um pudim de pão, fininho, crocante por fora e cremoso por dentro, inesquecível! Preço disso tudo? Algo por volta de 110 pesos por pessoa, mais o consumo de bebidas. Agora, a alegria da família Zinola ao receber os clientes e a alegria destes ao se sentirem em casa não têm preço."

Brandsen 699, La Boca, tel. 54 11 4362-2433

4 - Impresso Café
" A livraria El Ateneo Grand Splendid ocupa hoje o prédio que já abrigou um cinema e um teatro, construído em 1860, inspirado na Opéra de Paris. Seus camarotes viraram áreas de leitura; seus camarins, a seção de livros infantis; e o palco, onde Gardel já se apresentou, é hoje o Impresso Café, lugar ideal para se passar uma tarde entre cafés, chás e livros, ou para se fazer uma refeição rápida, quero dizer, não tão rápida, pois aqui os clientes permanecem por um longo tempo, lendo. À tarde costuma haver um pianista tocando jazz e músicas calmas. Além das mesas, há um confortável lounge com várias poltronas e sofás. O cardápio é simples, com boas opções de sanduíches, hamburguesas, medialunas e tostados de miga (aquele fininho), pizzas chicas, dulces tentaciones, tortas artesanales, helados, claro, e ainda pastelería, com alfajores. Atenção para o recomendado del día, como bruschettas con salmón, tostado napolitano con dos copas de champagne, ou a pizza napolitana con dos cervezas."

Av. Santa Fé 1.860, Recoleta, tel. 54 11 4813-6052.

5 - Helados: El Vesuvio e Saverio 
"Além das carnes, dos vinhos e dos tangos, Buenos Aires também é conhecida por seus maravilhosos sorvetes. A prova disso são as inúmeras sorveterias, ou heladerías artesanais espalhadas pela cidade, desde o começo do século passado. Duas delas são as pioneiras: a El Vesuvio foi a primeira heladería de Buenos Aires, fundada em 1902 pela família Cocitore, imigrantes italianos que trouxeram a primeira máquina de fazer sorvetes para o país, e foi declarado Sitio de Interés Cultural em 2006. A Saverio foi fundada em 1910 pelo italiano Francisco Saverio Manzo. Segundo contam os moradores do bairro, esse era o local favorito de Gardel, que tinha como predileção o helado de limón." 

El Vesuvio, Av. Corrientes 1.181, San Nicolás;
Saverio, Av. San Juan 2.816, San Cristóbal.

6 - Cafés notáveis
"Seria muito difícil imaginar Buenos Aires sem os seus Cafés Notáveis. Hoje eles são uma instituição porteña, protegida por uma comissão especial criada em 1988, com o intuito de preservar e promover os cafés, bares, billares y confiterías notables. Aqui a história está presente, em cada mesa, cadeira ou xícara de café. É um lugar para se imaginar em qual mesa Cortázar ou Borges escreveram seus romances. Ou onde Gardel cantou Volver. São mais de cinquenta endereços, e há vários imperdíveis, como, por exemplo: Tortoni, Los 36 Billares, El Federal, Bar Dorrego, Bar Seddon, Bar Sur, Británico, Margot, Miramar, Confitería Ideal, La Biela, Las Violetas, La Poesia, El Hipopótamo, El Gato Negro, Bar Bar O, Los Angelitos, e por aí vai. Este último, Los Angelitos, tem seu nome por conta dos seus frequentadores, que constantemente se envolviam em brigas. Só que, bem ao lado, havia uma chefatura de polícia, e, a cada vez que se ouvia o barulho da arruaça, os policiais diziam: "Vamos a ver lo que los angelitos están haciendo", e iam para lá apartar as brigas. Entre muitas curiosidades, há também a mudança do nome do Bar Británico para Bar Tánico, durante a Guerra das Malvinas."

7 - O El Pobre Luis 
"É o típico restaurante que vale a viagem. A casa pertence a um uruguaio que aportou por lá há mais de 35 anos. Mas o principal do El Pobre Luis é a sua parrilla. Bem no meio do salão, fica uma ‘máquina’ de assar, na qual tudo é preparado à vista do cliente. Dá até para ficar ali vigiando a carne escolhida. Uma das especialidades é a pamplona, tradição uruguaia, feita com o coração do file-mignon, que é recheado e, em seguida, enrolado, para então ir na brasa. De entrada ótimas provoletas, um excelente chorizo, morcilla (chouriço) e mollejas (moelas). As guarnições são à parte: papas a la crema, morrón (pimentão vermelho) a las brasas, tortillita de papas con panceta, papas fritas a la provenzal, além de várias saladas. Para quem tem um grande apetite, chuleta con huevos fritos, morrones, papas españolas y tocino. Depois, só resta escolher uma das sobremesas, como a isla flotante, ou um panqueque casero con helado ou con manzanas. Posso garantir que você sairá daqui se sentindo um milionário."

Arribeños 2.393, Belgrano, tel. +54 11 4780-5847

8 - Gran Bar Danzón
"A entrada do Gran Bar Danzón é uma pequena porta, aberta, que dá para uma escada estreita, longa e escura, iluminada por apenas dois candelabros. Se não fosse pelo quadro-negro quase na calçada, com a indicação de happy hour, não suspeitaria de que aqui haveria um restaurante tão incrível. A primeira surpresa vem ao final da subida, com vários ambientes, todos bem transados, com decoração e iluminação primorosas. O lounge é amplo e generoso, com sofás e poltronas enormes e confortáveis, ideal para se tomar um drinque, de preferência cedo, quando a casa ainda está vazia. A outra boa surpresa é o cardápio, com pratos criativos, sem exageros, a preços mais do que honestos. De entrada, ceviche de salmón y lenguado en caldo de melón, con palta (abacate), cebolla morada y cilantro, y sorbet de maíz. Dos principales, destaco o ossobuco de ternera (vaca) con puré de papas trufado, espinacas salteadas, cebollas caramelizadas y gremolata (acompanhamento tradicional do ossobuco, à base de alho, salsa e limão), e o linguini con mejillones y calamaretti salteados en caldo de tomates ahumados (defumados) en madera de cítricos. Como postres, opções criativas com doce de leite, como a cheesecake de dulce de leche, ou o crème brûlée de dulce de leche. A partir das 23h, a casa fica muito movimentada, e, se você chegar aqui lá pelas 2h da manhã, mais uma surpresa: ainda pode jantar."

Libertad 1.161, Retiro, tel. +54 11 4811-1108.

9 - 878 Bar
"Sabe aqueles filmes em que o personagem cruza uma porta e passa para outra dimensão? Foi assim que me senti ao entrar pela primeira vez no 878 Bar. Um senhor de terno abriu a pequena porta, e, ao entrar, um outro mundo, um outro universo. Parecia um filme cult, com iluminação intimista, decoração underground, som perfeito, e vários ambientes com mesas baixas, sofás, lounge e um bar que se destaca, com gente tomando um trago, dentre as mais de duzentas opções de drinques e coquetéis ou dos mais de cem rótulos de vinhos e espumantes que fazem parte da carta de tragos e bebidas. Além disso, um bom menu oferece entradas y tapeos, principales y postres a preços bem em conta. Descobri também outro universo, mais uma dimensão: para clientes antigos e cativos, há um bar escondido nos fundos da casa, secreto e de acesso restrito. Só entra quem tem um cartão magnético. É mais um bar, com sofás, mesinhas e uma barra simpática, tudo muito íntimo e exclusivo, além de uma carta de charutos habanos. Ao sair da casa, mais um choque, só que, dessa vez, ao voltar para o meu planeta."

Thames 878, Villa Crespo, tel. + 54 11 4773-1098.




10 - Pagano Club Social

"Uma das experiências gastronômicas imperdíveis na cidade, é sem dúvida uma refeição em um dos puertas cerradas, como são chamados os restaurantes dentro da residência das pessoas. Jeronimo Bergada, sua irmã, Federica, e sua mãe, Patricia, sempre foram ótimos anfitriões. A residência deles sempre foi palco de jantares e reuniões com muitos amigos. Até que se deram conta de que haviam transformado seu lar em um clube social.  O sucesso foi tão grande que decidiram abrir três dias na semana. Aqui não existe cardápio, apenas uma carta de vinhos, que varia entre 90 e 150 pesos. O endereço e o menú de 4 pasos, com direito a café ou chá, só são divulgados por telefone, quando é feita a reserva - o que é imprescindível, pois são apenas vinte lugares. Jeronimo, em geral, prepara uma entrada, uma sopita, um prato principal e uma sobremesa. Para quem tem alguma restrição alimentar, podem ser feitas alterações, como uma refeição vegetariana, por exemplo. Na hora da conta, Federica circula de mesa em mesa com uma gorra (boné) na mão e pergunta: "Nós abrimos a casa para vocês, digam quanto querem pagar ou quanto acham que valeu." É a chamada cobrança a la gorra, com as bebidas cobradas à parte. Qual o valor? Bem, algo entre 20 e 30 dólares, dependendo do quanto você gostou da comida. Os pratos que são servidos no Pagano eu não revelo. É preciso ligar para lá, reservar um lugar e, quem sabe, fazer novos amigos em Buenos Aires."

Onde comer em Nova York, por Carla Pernambuco


A cidade que nunca dorme tem espaço para a culinária do mundo inteiro. Veja as dicas de quem descobriu, por lá, a paixão pela gastronomia

28 de Fevereiro de 2012
As dicas da chef, que morou em Nova York e descobriu, enquanto vivia na cidade, sua paixão pelas panelas, vão fazer você se sentir um local. De comida asiática a chocolates e cookies, eis uma amostra confiável da pluralidade de cozinhas que você encontrará por lá. 



1 - The Masala Wala

"É um restaurante chique de comida indiana de rua. Ou um restaurante de comida de rua indiana chique, não importa. É um café que já é o novo indiano favorito de quem frequenta o Lower East Side. A cozinha tem um pouco de tudo do sudeste asiático, como biryani, tikka masala, korma, vindaloo, samosas… Mas eles capricham na estética e você pode escolher como quer sua comida por ‘palheta de tons’, ou ainda estilo chat-pat (comida de rua) ou dhaba (de vendedores ambulantes). Tudo é fresco, feito na hora, e o aroma das especiarias é contagiante. Cerveja importada da Índia e do Sri Lanka; masala chai, kshmir chai, indian chai, thandala, lassi…. Tikka! Tikka!"

179 Essex St. (com E. Houston St.) http://themasalawala.com

2 - Club 21
"Este lugar teoricamente ‘secreto’ é um luxo e vai direto à história de Nova York. Fica no 21 Club , um dos speakeasies aberto em 1929, e mais especificamente na adega subterrânea. Para entrar você passa pela cozinha, desce uma escada de metal de duas voltas e ainda atravessa uma parede (uma porta falsa) de 2 toneladas que só abre com um espeto inserido entre dois tijolos. Era uma mirabolante e inventiva criação de engenharia da época da Lei Seca. Hoje em dia é uma sala de jantar privada para 22 pessoas muito especial e que precisa ser reservada com muita antecedência. É mágica e memorável e com certeza vai fazer a sua lista de Top 10 refeições na vida. A carta de vinhos do The Wine Cellar Room at 21 Club é impressionante e a comida, maravilhosa. O restaurante do 21 Club em si já é tradicionalíssimo. Por exemplo, foi lá onde Humphrey Bogart e Lauren Baccall tiveram seu primeiro jantar a dois, onde o ex-presidente Bill Clinton comemorou os 17 anos da filha Chelsea, onde Liz e Richard Burton jantavam. Ricky Gervais, Joan Collins e Rod Stewart tem mesa certa. A adega ainda tem coleções privadas, como de Elizabeth Taylor, Richard Nixon e Frank Sinatra. Para uma ocasião muito especial, este é um lugar especial."

http://www.21club.com/

3 - Eleni’s 
"Os cookies de lá são simplesmente perfeitos. Sequinhos, não muito doces e decorados com fondant impecável. A loja fica no Chelsea Market, tem degustação todas as tardes e você não sai de mãos vazias (aliás presentinhos para qualquer ocasião). Se a culpa impede você de comer , prefira os mini coraçõezinhos, em caixas com 34." 

http://elenis.com

4 - Bouloud Sud 
"O restaurante fica no comecinho do Upper West Side, na 64 com Central Park West, a zona preferida do megachef Daniel Bouloud recentemente. A cozinha é francesa, Mediterrânea, mesclando Marseille e Nice com Israel, Turquia e Grécia e um pouco de Egito. Segundo a Time Out, o prato imperdível é kataifi de pato; mas o menu inteiro é de dar água na boca: salada turca de nozes e romã; escabeche de sardinhas com passas; sopa harira, com lentilhas e merguez de ovelha, tagine de galinha e grapefruit givré. Vale notar que a decoração tem painéis digitais de Vik Muniz."

http://www.danielnyc.com/boulud_sud.html




5 - The Dutch 

"O restaurante mais festejado de 2011, é mais um de Andrew Carmellini, com comida Americana chic. É excelente, lindo, mas barulhento e o fato de ser ‘da moda’ atrapalha. Os sanduíchinhos de ostras fritas já viraram clássicos (deliciosos, em mini-buns de leite); a salada de beterraba com ovos defumados também é recomendada, mais, claro, steak tartare, hamburger e frango defumado. Fica no Soho."

http://thedutchnyc.com

6 - The Monkey Bar 
"É outro com cozinha Americana, mas dedicada à clássica e sofisticada Nova York. O dono é editor da Vanity Fair, Graydon Carter, e já foi responsável pelo sucesso do Waverly Inn há alguns anos. Ele promete o mesmo para o Monkey Bar e por isso chamou uma equipe inteira nova. Está sempre lotado e o bar estendeu seu horário de funcionamento até 2 da manhã. O chef vem do Craft, Damon Wise, que misturou tradição com algumas novidades e também concorre como chef do ano. Suas criações: halibut com chorizo, pork belly com kimchi e ostras, pato com cogumelos e figos, fetuccine defumado com caviar uni e conservas de cebola. O restaurante é elogiadíssimo e ninguém sai de lá reclamando."

(http://monkeybarnewyork.com/)

7 - Veselka 
"No East Village, já é uma instituição para quem quer uma refeição a qualquer hora da noite: fica aberto 24h. Você vai ao Veselka pra comer basicamente pierogis (maravilhosos) e borscht (excelente). E todas as variações em volta deste tema (com carne, sem carne, quente frio, com pepino, sem pepino, pierogi de batata, cebola, verdura, com sour cream, sem sour cream, com pão ou sem, com repolho ou sem, etc.). Há outras especialidades americanas e ucranianas no cardápio, claro, todas em ode ao carboidrato, mas tudo bem, é um diner com comida Ucraniana Soul. Vive lotado. Vá sem medo."
144 Second Ave com 9th St, 10003 

8 - Li-Lac Chocolates
"Outra tradição novaiorquina. Eles existem há mais de 80 anos e eram um ‘must’ dos anos 20 e 30 (em plena Lei Seca, fazer o quê não é?) e continua como marco até hoje. Tanto a lojinha do Village, como a filial no Grand Central Terminal, ainda mantém clima, sabor e decor da antiga lojinha da Cristopher St. É um negócio de família, a fábrica fica no Brooklyn e não há quem resista a suas passas, cerejas, ou casquinhas de laranja cobertas com chocolate."

40 Eighth Ave., entre 8th e Jane Sts/ Lexington & 43rd Sts. (Grand Central), tel. +1 212 924-2280; +1 212 370-4866

9 - MaxBrenner
"Este é o mais fácil de achar, logo ali na Union Square. Max Brenner vem de Israel e se promove como ‘chocolate do careca’. O primeiro restaurante em Nova York queria ser apenas um lugar para sobremesa, por isso ‘tematizaram’ o lugar com chocolate. Mas deu muito certo, está aberto o dia inteiro, do café da manhã, à sobremesa, brunch, drinks ou almoço. Ou só mesmo pra esquentar a alma… O balcão de cafés é excelente! Há também, uma loja com presentes de todos os preços (e programação visual genial) e o restaurante. No inverno é perfeito."

841 Broadway, tel. + 1 212 388-0030

10 - Eataly
"É o complexo gastronômico do super chef Mario Batalli, sempre cheio e com várias opções para comer. Dentre os restaurantes, há um de carnes, o MANZO, com cozinha e carta dedicadas ao Piemonte e ambiente mais resguardado que os demais. É o único no EATALY que aceita reservas. 

Onde comer em Lisboa, por Cristiana Beltrão


Embarque nas dicas da sócia do restaurante Bazzar e dos Bazzar Cafés pela capital portuguesa e prove muito além de bacalhaus e pastéis de belém

29 de Fevereiro de 2012
Quem leva você a um passeio pelas delícias típicas portuguesas e outras descobertas de Lisboa é Cristiana Beltrão, sócia do restaurante Bazzar e dos Bazzar Cafés. Novidades fresquíssimas, já que ela acaba de voltar de uma viagem à terrinha. 



1 - A Travessa

"É um restaurante pequeno e simpático, com breve e eficiente cardápio de especialidades: porco preto, arraia, touro bravo, veado e bacalhau. No inverno, se restringe a um pequeno ambiente (como a sala de jantar da tia portuguesa de alguém); no verão, as mesas são espalhadas pelo pátio do Convento... um charme! P.S.: O couvert é uma delícia, com direito ao obrigatório queijo Serra da Estrela e uma compota de cebolas "de matar".

Travessa do Convento das Bernardas, 12, tel. 213 90 20 34 www.atravessa.com




2 - Alma

"As paredes, piso, mesas e cadeiras branquíssimos desse pequenino bistrô jovem e ultra cool fazem com que o brilho dos pratos se reflita mais intensamente. A cozinha tem forte assinatura oriental. Um vinagrete irretocável regava a salada de camarões e lulinhas salteadas com chili e compota de tomates cereja; linda também era a harmonia entre o bacalhau cozido à perfeição quederretia na boca enquanto escoltava um purê de grão-de-bico com vinagrete de cebola roxa. Por trás do restaurante, o chef Henrique Sá Pessoa, que comanda um programa de gastronomia em rede nacional há 5 anos."


Calçada Marquês de Abrantes, 92/94, tel. 213 963 527 www.alma.co.pt

3 - Assinatura
"Peça o menu degustação, uma poesia que passeia por várias regiões portuguesas, do Algarve ao Alentejo, em harmonia com a carta 100% portuguesa à exceção do champagne francês. Um dos melhores pratos que já comi foi um polvo cozido por 2 horas, lentamente, com perfume delicadíssimo de ananás e batata doce. Mas, pensando bem, acho que foi o enxaréu (peixe dos Açores) com creme de milho doce, xuxu e vôngoles; ou a arrozada de rabada de touro bravo assado por três ou horas; ou... ou..."

Rua do Vale de Pereiro, 19, tel. 213 867 696. www.assinatura.com.pt 

4 - Bocca
"O ambiente é puro charme, distribuído em três salões claros, com conforto e modernidade na medida. A cozinha aparente é o palco da qual jorram pratos inesquecíveis como a sardinha regada com gaspacho, com pseudo-carvão (uma espécie de crumble feito com tinta de choco defumada), inspirada nas sardinhas do Algarve. O tartare de carne vem com sorbet de hortelã e cubos levíssimos feitos de gema de ovo que se derrete na boca. Recomendo fortemente a sobremesa feita com sorvete de limão e limõezinhos confit, sobre crumble, biscoito decanela e creme de arroz doce derramado sobre tudo isso. Ai, ai..."

Rua Rodrigo da Fonseca 87, tel. 213 808 383 www.bocca.pt

5 - Cantinho do Avillez
"José Avillez já passou pelas cozinhas de Ducasse e Adrià e conquistou uma estrela Michelin para o Tavares em apenas dois anos. Seu vôo solo, o Cantinho, é simples e traz salão espartano, cadeiras díspares e ambiente de bistrô cool, priorizando a procedência e valorização de cada ingrediente em preparações simples. Uma pedida certa é a santola em creme frio com torradinha ao molho tártaro, ou a panelinha de vieiras escocesas com cogumelos, aspargos e batatas-doces orgânicas de Aljezur, no Algarve."

Rua dos Duques de Bragança, 7, tel. 211 992 369 www.joseavillez.pt 

6 - Pizzaria Casanova
"Fica ao lado do Bica do Sapato. É simplérrima, ótima para famílias e super ‘cool’. A pizza (como eu gosto, fininha e crocante) é considerada a melhor de Lisboa."

Avenida Infante Dom Henrique, Cais da Pedra - Armazém 7, loja B, tel. 218 877 532 www.restaurantecasanostra.com/casanova

7 - Olivier Avenida
"No almoço, engravatados e clima de big bucks. No jantar, a beautiful people lisboeta. Nesse espaço paralelo à Avenida Liberdade, mais um empreendimento com a grife Olivier (do mesmo proprietário dos já famosos Olivier, Yakuza e também do Guilty, em que os garçons dançam sobre as mesas). O cardápio é de ‘novos’ clássicos como salada Caesar e tartare de carne." 

Hotel Tivoli Jardim. Rua Júlio César Machado, nº 7, tel. 21 317 4105 www.restaurante-olivier.com 


8 - Sea Me
"Reinventando a tradicional marisqueira, num ambiente moderno e espaçoso, é misto de peixaria, sushi bar, bar de ostras e todas as brumas que sopra omar! No menu, ostras da Ria Formosa e outras do Rio Sado; um balcão de peixes fresquíssimos, grelhados ou assados; sushis de choco, carapau ou vieiras; uma estupeta (ou barriga) de atum; ou o delicioso lingueirão. Mas imbatíveis mesmo são os peixes frescos e crustáceos, que podem ser admirados de perto no limpíssimo viveiro no subsolo."

Rua do Loreto, 21, tel. 213 461 564 www.peixariamoderna.com 

9 - Tasca da Esquina
"De hambúrguer de atum até uma versão de gaspacho feito com maçãs assadas, o Tasca atrai famílias que reconhecem os pratos rápidos e populares, mas os recebem com um "twist". O conceito é fácil e despojado, com jeitinho de bistrô moderno. A melhor pedida são os menus degustação, que podem ser acompanhados com o vinho da casa. Aliás, quando digo ‘vinho da casa’ não me refiro ao vinho simples que é servido em pichets, como na França, e sim ao rótulo próprio feito em parceria com uma grande vinícola." 

Rua Domingos Sequeira, 41, tel. 210 993 939 www.tascadaesquina.com 

10 - Tasquinha d’Adelaide
"O melhor da cozinha tradicional de Lisboa. A Tasca, que deve ter uma das cozinhas mais acanhadas de Portugal, faz milagres e despeja pratos tradicionais como polvo a lagareiro, paleta de cordeiro e bacalhau divinos! São apenas 26 lugares."

Rua do Patrocínio, 72, Campo de Ourique, tel. 213 962 239